domingo, 14 de janeiro de 2018

África do Sul - Parte 2 - Garden Route - Plettenberg Bay / Knysna / Hermanus / Stellenbosh / Cape Town

Continuando a viagem que já passou por Johannesburg, Kruger, Port Elizabeth e Addo... Como disse antes, os comentários sobre as cias aéreas e hotéis, além das dicas de planejamento estão em uma postagem anterior

10º Dia – Addo - Plettenberg Bay

Aqui começamos a famosa Garden Route e tivemos uma jornada longa, na qual a primeira parada foi em Jefrey’s Bay, onde almoçamos no Kitchen Windows. A cidade é bem pequena e não tem muita coisa além das praias, então não tínhamos muito o que fazer fora do verão, a não ser almoçar e ir para outro lugar. Aliás, o almoço, apesar de bem recomendado, não foi lá essas coisas.


Dalí partimos para a Suspension Bridge, onde pularíamos pela primeira vez de bungy jump, e logo no Face Adrenalin, o maior bungy jump comercial do mundo, com 216m de altura. Chegamos lá e conseguimos agendar o pulo (R950/pessoa) com o grupo seguinte, com uma super expectativa e um certo medo, já que a ponte é alta pra caramba. Após pesagem, instruções de segurança, assinatura do termo de responsabilidade (isso mesmo, se acontecer alguma coisa com você, é responsabilidade sua), fomos em direção a ponte. Como o pulo é feito do meio do arco de concreto na parte debaixo da ponte, tem uma passarela metálica com 216m de comprimento (a mesma altura da ponte), presa na estrutura de concreto, que liga a cabeceira ao meio da ponte. Vou dizer que antes eu não estava com medo de pular, mas passar naquela passarela toda vazada e que balança, olhar pra baixo, acabou me dando medo, ao contrário do William, que estava com medo antes e perdeu o medo ao passar na ponte.

 
Quando você chega lá, a sensação é de bastante segurança, porque a plataforma de concreto é bem grande e você pode ver a equipe que trabalha naquilo há tempos. Eles definem a ordem de quem vai pular e eu era a segunda e o William o terceiro. Na hora do pulo, você senta e eles amarram seus pés, e depois de bem preso e a corda fixada, dois caras te levam dando pulinhos, já que não dá pra andar, até a beirada, mandam você olhar para a câmera acima, conta 1, 2, 3, jump, e seja o que Deus quiser. O pulo, apesar de segundos, parece interminável, mas a sensação é maravilhosa, e tudo aquilo que eu pensava, de dar tranco, machucar, não acontece. Depois você fica esperando de cabeça pra baixo o carinha descer pra te buscar. Ele te vira na cadeirinha e te leva pra cima. Lá em cima te colocam sentado na plataforma, preso numa linha de vida, te desamarram e acabou. Confesso que dá mais medo quando colocam você sentado na beirada, mesmo sabendo que você está preso na linha de vida, do que pular. Depois disso, esperamos todo mundo pular e voltamos passando pela passarela metálica, novamente. Daí, é lógico que compramos o vídeo e as fotos que vendem depois (R350/pessoa).
Como já estava tarde e não dava pra ir em outro parque, fomos direto pro hotel em Plettenberg Bay. Jantamos no Zinzi, um pouco distante do hotel, pegando a estrada. É um restaurante chic e bom, mas caro também.

11º Dia – Plettenberg Bay – Knysna

Tomamos café, que é pago a parte nesse hostel, e fomos conhecer a cidade de carro antes de ir pra Knysna. Fomos até Lock Out Beach só pra conhecer.


Depois, resolvemos voltar uns quilômetros pra ir no Tenikwa Cat Experience. O lugar é bem legal e você vê todos os felinos da África, bem de perto, inclusive entrando em algumas jaulas com eles. Vimos Cheetha, Leopardo, African Wild Cats, Caracals e Servals, além dos Meerkats.


 

 

Almoçamos por ali mesmo e fomos até o Knysna Elephant Park. Lá perdemos o medo adquirido dos elefantes no Kruger. Cada elefante de lá tem nome e é conhecido pelos tratadores. Pudemos tocar e dar comida a eles. Uma experiência bem interessante.



Chegando em Knysna fomos ao Knysna Heads, duas formações rochosas na entrada da baía, que parecem torres e depois partimos para o hotel. Como o hotel ficava ao lado do Knysna Quays, um centrinho comercial com diversos restaurantes, fomos jantar por lá mesmo, no 38th South. Nunca me arrependi tanto na escolha de um prato. Pedi um caranguejo, mas achei que era desfiado, mas veio inteiro, e como não sei comer caranguejo, foi uma tragédia… Rsrsrs… Tirando isso, o restaurante é bom.

12º Dia – Knysna – Hermanus

Nossa próxima parada era Mossel Bay, mas antes passamos pela praia Brenton on the Sea, muito bonita por sinal, e deve ser boa no verão.


Chegando em Mossel Bay, fomos almoçar no Carola Ann’s, um restaurante pequeno, com opções mais naturais e bem gostosas. Andamos um pouco pela cidade, fomos a uma feirinha de artesanato e depois rumamos ao hotel em Hermanus.


 

Ao chegarmos no hotel, o recepcionista nos informou que a agência de Turismo havia ligado e cancelado o nosso passeio (mergulho com tubarões) da manhã seguinte, por mau tempo e só iriam nos reembolsar 20%. Ficamos inconformados e pedimos pra ele ligar de novo pra agência pra saber se era isso mesmo, porque não fazia sentido. Bom, nosso passeio não havia sido cancelado coisa nenhuma e deveríamos estar em Gansbaai as 9h. Saímos para jantar e acabamos no Fabio’s, um restaurante italiano muito bom.

13º Dia – Hermanus

Acordamos, tomamos café no hotel, pago a parte e não muito bom, e fomos pra Gansbaai. Chegando lá nos explicaram que havia 7 dias que não avistavam nenhum tubarão e nós poderíamos escolher se iríamos ou não arriscar. Caso desistíssemos, receberíamos nosso dinheiro de volta, caso arriscássemos e se não víssemos nenhum tubarão, devolveriam 50% ou agendariam outro dia, a nossa escolha.

Resolvemos arriscar, tomamos o café bem complete servido antes do passeio e fomos para o barco. A agência onde o hotel reservou o passeio foi a Marine Dynamics, e descobrimos que foi muito bem escolhida depois que vimos os barcos e as gaiolas das outras empresas.

Infelizmente, ficamos quase 3 horas no mar e a única coisa que apareceu foi uma foca, já na hora que o barco ia partir, aí algumas pessoas arriscaram colocar a roupa de neoprene e entrar na água gelada. Depois fomos até uma ilha onde haviam várias focas e voltamos para a costa. Antes de embarcar nós recebemos um casaco/capa de chuva que foi muito útil, principalmente na volta, que bate bastante e molha bastante. Enquanto o barco fica parado esperando o tubarão aparecer, é melhor ter um casaco não tão pesado quanto o que recebemos. Além disso recomendo tomar um remédio pra enjoo antes de embarcar, porque muita gente, mas muita mesmo, passou mal.

 


Na volta tinha uma sopa quentinha, bem gostosa, esperando a gente. Como não vimos nenhum tubarão, escolhemos pegar o dinheiro de volta, já que poderíamos acabar perdendo mais um dia tentando.

Voltamos para o hotel e como o hotel era um apartamento enorme com churrasqueira e tudo, e fica dentro de uma galeria com supermercado, resolvemos fazer um churrasco com carnes exóticas no apartamento. Compramos linguiça e carne, bebidas, carvão, acendedor, fósforos, detergente e esponja, que não tinha no apartamento, mas que eram bem baratos.


14º Dia – Hermanus – Stellenbosh

Como o café da manhã do hotel não era muito bom, fomos tomar café no Oskars, muito bom, com várias coisas gostosas pra escolher. Depois do café fomos para Franschhoek, uma cidadezinha com uma rua cheia de lojinhas e com várias vinícolas ao redor. A estrada é bem bonita, mas fica com muita neblina em algumas partes. Passeamos pela rua e paramos para lanchar no Tuk Tuk Brewery.

Depois, seguimos em direção a Stellenbosh e paramos nas vinícolas Solm's Winery, que tem um espumante de pera ótimo, e Allee Bleue Winery antes de chegar ao hotel. Lembrando que como não se pode beber antes de dirigir, só pedíamos uma degustação e eu fiquei de motorista.

Chegamos ao hotel a noite e fomos conhecer os arredores, que tem vários restaurantes. Comemos no Java, comida gostosa e barata.


15º Dia – Stellenbosh - Cape Town

O dia das vinícolas começou com a Tokara Winery, uma das mais renomadas e que tem degustação de azeite também, depois fomos a Asara Winery Estate & Hotel, em seguida a Lovane Winery e à Spir Winery, muito cheia de turistas, mas tinha degustação de chocolate. Fomos então até a Saxenburg Winery e almoçamos no Cattle Baron, muito bom. Em quase todas as vinícolas compramos vinhos para trazer.




Fomos então a Cape Town e após chegarmos ao hotel, fomos caminhar pela Long Street e paramos no Beerhouse. Voltamos de Uber, pois a região não pareceu ser muito segura a noite, com muitos pedintes.


16º Dia – Cape Town

O café da manhã oferecido é muito bom, apesar do hotel não ter restaurante próprio. Você recebe toda manhã um voucher de R100 cada, que pode ser usado em três lugares diferentes lá perto.

No primeiro dia em Cape Town escolhemos ir a Cable Montain, que fica próximo ao hotel. Como fomos de carro, paramos o carro em um estacionamento na parte baixa da montanha, onde tem um ponto para pegar um ônibus gratuito, que te deixa na porta da bilheteria. A fila para compra estava imensa e a fila para quem tinha comprado bilhete eletrônico estava bem menor. Compramos lá mesmo pelo celular e conseguimos entrar na fila menor. A subida do bondinho é bem bonita e a vista lá de cima também, dá pra ver a cidade toda, parece realmente com o Rio de Janeiro, por causa das montanhas e do mar. Estava muito frio lá em cima, então recomendo levar um casado mais grossinho, mesmo que o dia esteja claro.




Saindo de lá fomos ao Cape Town Stadium, tiramos umas fotos do lado de fora, pois tem dia e horário específico para tours, e seguimos para o V&A Waterfront, almoçamos no Tashas, que fica no Victoria Wharf Shopping. O resto do dia foi passear por lá, voltar para o hotel e jantar no Fat Cactus, um restaurante ao lado do hotel.



 

17º Dia – Cape Town

Nesse dia resolvemos ir a Cape of Good Hope Reserve. Na ida fomos direto, a estradinha é um pouco longa, mas nada muito cansativo. Legal é ver as placas na estrada “Atenção Pinguins” ou “Não alimente os macacos”.


Chegando na reserva você paga para entrar de carro uma taxa de R270. Lá dentro ainda andamos um bom pedaço, mas finalmente chegamos. Digo isso porque o celular não pega, aí não dava pra saber se o caminho estava certo.

Já saindo do carro demos de cara com um macaco enorme em cima do carro ao lado. De tanto ler que eles atacam por comida, fiquei com medo, mas chegamos ilesos, rsrsrs...


Dá pra subir a pé até o Cape Point, mas resolvemos pagar o funicular (R70/pessoa ida e volta). O local de espera do bondinho tem muitos macacos, mas eles só procuram por comida mesmo. Subimos, tiramos fotos e descemos. Na volta pra pegar o carro mais macacos e o William rindo do meu medo. Mas, quando estávamos entrando no carro, um deles deu o maior susto, estava quase entrando pelo lado do carona. Dei um grito e o William um pulo pra cima de mim. O macaco foi embora e depois disso ele não me zoou mais. Pegamos o carro e fomos até o Cape of Good Hope. Tem que dar uma volta pra chegar lá, mas vale a pena.





No caminho de volta para Cape Town, paramos em Boulders Beach, praia dos pinguins africanos. Pra entrar pagamos R70/pessoa. A praia é uma colônia de pinguins, muitos mesmo. Ela é cercada e tem um deck ao longo da praia. Na praia ao lado, se quiser, pode mergulhar, mas estava muito frio. São tantos pinguins que no estacionamento tem placas pedindo pra olhar embaixo do carro antes de sair, e realmente haviam alguns embaixo dos carros. Almoçamos ali mesmo no Boulders Beach Lodge Restaurant.



Saímos dali e no caminho resolvemos tentar chegar na Groot Constantia Winery antes de chegar. Conseguimos chegar para a degustação. Os vinhos de lá são bons e compramos um tipo “porto” muito gostoso.

Na volta resolvemos ir novamente ao Waterfront para jantar. Jantamos no Moloncino pizza. Estavam muito boas.


  18º Dia – Cape Town

Esse dia foi o dia de passear pela cidade. Passamos pelo Boo Kapp, um bairro judeu com casinhas coloridas. Na verdade, são duas ruas com as fachadas das casas coloridas, mas é bonitinho.



Depois fomos andar no centro. Paramos o carro em um estacionamento e fomos até o Greenmarket, uma feira de artesanato. Em seguida fomos até o Six District Museum, um museu que conta a história da região, antes e depois do Apharteid. Almoçamos lá dentro mesmo e andamos até o Castle of Good Hope.


Como ainda estava cedo, resolvemos ir até o Shopping Acess Park Outlet, um shopping local com lojas outlet bem simples. Demos uma volta, compramos algumas coisas, mas como fecha cedo, partimos para o Waterfront novamente. Dessa vez resolvemos não jantar por lá, voltamos e comemos no Jerry’s, um dos restaurantes do café da manhã, muito bom, por sinal.

19º Dia – Cape Town

O penúltimo dia da viagem era o dia da Robben Island, a ilha onde Mandela ficou preso por 18 anos. Já havíamos comprado o ingresso pela internet (R340/pessoa) três dias antes, pois esgotam. O barco tem hora pra sair e sai do Waterfront. Sugiro levar uma água, pois o passeio dura a manhã toda. O passeio é bem explicativo e vai por toda a ilha.

 

Voltando fomos almoçar no Vagabond, que fica num galpão dentro do Waterfront, onde tem vários quiosques de comida. Saindo dali fomos até o Sprigbok Museum (R75/pessoa com direito a uma cerveja no restaurante Quay 4), um museu do time de Rugby local.



Voltamos e jantamos no Rick’s, próximo ao hotel, com algumas comidas diferentes, como carpaccio de crocodilo.

20º Dia – Cape Town – Luanda / 20º +1 Dia – Luanda - Rio de Janeiro

Esse dia era o dia da volta ao Brasil, mas como tínhamos a manhã, fomos ao Aquarium (R160/pessoa), que fica também no Waterfront (só assim pra ver o bendito tubarão...). Depois fomos almoçar em um dos quiosques do galpão do dia anterior e fomos andar na feirinha de artesanato lá mesmo. Tem uma lojinha da guitarra Township Guitars, feitas de latas de óleo, muito legal e original (compramos uma pra um amigo). Dali partimos para o aeroporto para devolver o carro e pegar o voo de volta para Luanda.

 


O check in da volta foi meio chato, pesaram todas as malas e bagagens de mão, mas como tínhamos direito a duas malas de 32kg cada além das malas de mão, não tivemos problemas.

Chegamos em Luanda a noite e aí foi a parte chata. Ficamos quase duas horas em pé na fila da sala de desembarque pra conseguir fazer a conexão pra sala de embarque. Muita gente, pois chegaram dois voos e o serviço do aeroporto é péssimo e desorganizado. Entrando na sala de embarque descobri que no check in haviam mudado nossos assentos e estávamos separados no avião. Tentei de todas as formas mudar os lugares antes de embarcar, mas todos foram sempre muito mal-educados e não consegui. Já no embarque mais confusão para a entrada no avião, e só quando estávamos dentro é que conseguimos mudar os lugares falando com outro passageiro. O voo em si foi bem tranquilo e chegamos no Rio pela manhã.