domingo, 5 de novembro de 2017

África do Sul - Parte 1 - Johannesburg / Kruger / Port Elizabeth / Addo

Finalmente a viagem...

Aqui começa a viagem propriamente dita... Os comentários sobre as cias aéreas e hotéis, além das dicas de planejamento estão na última postagem

0º Dia – Rio de Janeiro – Luanda

O voo da TAAG sai do Rio a tarde, faz escala em Guarulhos e chega de na manhã seguinte em Luanda. Em Luanda tem que fazer conexão para Johannesburg, e chega nessa cidade a tarde. O voo, como já disse no post anterior, é muito bom, confortável e com comida boa. A conexão em Luanda na ida foi bem tranquila.

1º Dia – Luanda - Johannesburg

Chegamos a Johannesburg à tarde, fizemos câmbio no próprio aeroporto, onde conseguimos a melhor cotação da cidade. Portanto, recomendo fazer câmbio lá, mas só o necessário para os dias no local, pois nas outras cidades a cotação é melhor.

Pegamos o carro alugado no aeroporto, que foi bem rápido, pois já tinha reservado pela rentalcars. Novamente sugiro alugar um automático devido a mão inglesa, além de ter um aplicativo de GPS no celular com os mapas baixados offline ou alugar um GPS. Saímos do aeroporto e fomos para o hotel que fica em Sandton ao lado do Shopping Sandton City. A localização é bem central, mas como tudo fica longe em Johannesburg, tem que pegar várias vias expressas sempre.



Chegamos no hotel, descansamos um pouco da viagem e no início da noite fomos ao Shopping Sandton City. Fomos andando mesmo, porque é perto. Pareceu bem seguro andar por lá, mas não tem ninguém na rua e recomendaram não andar quando estiver muito tarde. Passeamos um pouco no shopping e fomos para a Nelson Mandela Square, que fica ao lado, onde fica a estátua de quase 3m do Nelson Mandela e tem alguns restaurantes muito bons. Jantamos no restaurante The Butcher Shop & Grill. Gostei bastante da comida, a carne era macia e saborosa, mas não pedi nada muito diferente, mesmo o cardápio sendo bastante variado. Os preços não são muito baratos comparados com os outros restaurantes, mas tudo é muito barato comparado ao Rio de Janeiro. Além disso, o restaurante também tem uma casa de carnes de todo tipo pra vender.


Depois do jantar voltamos para o hotel a pé mesmo e não tivemos problemas. Paramos no bar do hotel para tomar um drink, que, por sinal, são muito bem feitos e fomos dormir.


2º Dia – Johannesburg

Tomamos café e resolvemos ir até a região Cradle of Humankind, onde foram descobertos os fósseis mais antigos do mundo. Colocamos o destino no GPS e fomos. Nos perdemos um pouco até descobrir que era uma região e não um local específico. Bom, depois de descobrir isso, seguimos corretamente até o The Cradle. Lá fizemos uma visita a uma exposição da mais nova espécie hominídea, descoberta em 2015, a Homo naladi.



Depois seguimos até Sterkfontein Caves, pois o ingresso que compramos dava direito a entrar nos dois lugares, e fizemos um passeio pelas cavernas onde foram encontrados os fósseis.



Saímos de lá e passamos no Rhino and Lion Nature Reserve, mas estava fechado por ser segunda-feira. Tem que verificar antes os dias e horários dos parques. Então fomos ao Lion Park, que também fica perto. Lá escolhemos comprar um tour noturno pelo parque, que tinha alimentação dos leões além de ter direito a interação com os filhotes de leões. Compramos um lanche, pois não havíamos comido nada o dia todo e fomos até o “Cub Interaction”. Enquanto estávamos esperando pra entrar com os leõezinhos, um turista saiu com a mão toda cheia de sangue e acabei ficando com medo. Entramos e fiquei com receio de mexer muito com os filhotes, que estavam brincando muito. Tiramos várias fotos. Como o tempo estava curto para o tour, saímos logo. Logo no caminho para o tour noturno vimos duas girafas, que vinham comer na mão dos visitantes.

Pegamos o tour em um carro fechado, vimos Wild Dogs e muitos leões.



No meio do caminho paramos para ver os leões sendo alimentados e foi bem legal, pois eles estavam muito perto e mesmo com a cerca entre a gente, a sensação é muito boa.



Depois do tour fomos tentar entrar novamente na área dos filhotes e conseguimos. Dessa vez perdi o medo e consegui ficar à vontade com os leõezinhos. O lugar é como se fosse um zoológico gigante, mas vale a pena ir.

Saímos de lá e fomos ao Montecassino, um complexo com cassino, vários restaurantes e lojas, demos uma volta, mas resolvemos não jantar por lá.



Fomos então ao restaurante Moyo, no Melrose Arch. A comida estava bem gostosa e foi mais barata que a do dia anterior. Voltamos para o hotel, tomamos novamente um drink no bar e fomos dormir.


3º Dia – Johannesburg

Nesse dia acordamos, tomamos café e fomos até o Soweto tentar fazer o passeio de bicicleta do hostel Lebo’s Soweto Backpackers (R470/pessoa). O passeio é bem legal e inclui o almoço na volta do tour. O passeio sai pela manhã e tem horário fixo e só aceitam pagamento em dinheiro.



O guia vai explicando a história do lugar enquanto passa por vários lugares como o memorial de Hector Pieterson e a antiga casa de Nelson Mandela. É bom ter um mínimo de preparo físico, pois tem algumas ladeirinhas no caminho.



Depois do tour, almoçamos e pegamos o carro pra ir até o Museu do Apharteid (R85/pessoa). A exposição é bem grande e impactante. Logo na entrada você recebe as ingressos aleatórios com “blankes” ou “non blankes” e as entradas são separadas.


Quando saímos do museu, resolvemos ir até o Gold Reef Casino, que fica bem ao lado e é outro complexo que inclui cassino, lojas, restaurantes e até cinema. Fizemos mais um câmbio no caixa do cassino e fomos ver Carros 3D no cinema.

Saímos do complexo e resolvemos jantar no Hard Rock da Nelson Mandela Square, que fica ao lado do nosso hotel. Jantamos e voltamos para um drink no hotel, quando percebemos que havíamos perdido um dos passaportes... Lembramos que ficou no caixa do cassino quando fizemos câmbio e a atendente não devolveu. Pedimos pra recepção ligar pra lá e confirmaram. Bom, mesmo tendo bebido um drink, pegamos o carro e fomos até lá pra buscar, pois teríamos um voo pela manhã. Deu tudo certo, recuperamos o passaporte e pudemos dormir tranquilos.

4º Dia – Johannesburg – Kruger / 5º Dia – Kruger / 6º Dia – Kruger – Johannesburg - Port Elizabeth

Nesse dia pegamos um voo da South Africa Airlines para o Kruger pela manhã. Antes fizemos câmbio grande no aeroporto, pois sabíamos que os próximos dias seriam em lugares mais remotos e o câmbio do aeroporto tinha sido o melhor até então. O voo é bem tranquilo mesmo com o avião pequeno e dura 1 hora. Já no pouso consegui ver uma girafa do alto.

Chegando lá, pegamos um transfer até o hotel, que já tinha contratado antes de viajar. O transfer foi meio caro, mas como o hotel era no meio do parque, fiquei com receio de andar de carro por lá, pela primeira vez, sozinha. Depois percebemos que não teria problema nenhum, pois caminho era bem fácil com as indicações enviadas pelo próprio hotel. No caminho vimos vários bichos e o motorista ia parando e mostrando.

Assim que chegamos no hotel já recebemos várias instruções, como não andar a noite sem o “ranger” e o que fazer ao se deparar com um elefante ou outro animal quando estivermos sozinhos, pois haviam vários espalhados pela área e o hotel não é cercado. Fomos apresentados ao nosso “ranger”, que nos levou até o quarto.


Fomos ao restaurante almoçar e já vimos uma manada de elefantes próximas ao hotel.




O almoço lá é um pouco tarde, porque é no intervalo dos safaris da manhã e da tarde. Já nesse dia fizemos o safari da tarde e noite. O safari do Kruger, que somente os guias locais podem entrar, tem trilhas de terra e muitas vezes entra com o carro no meio da mata. O carro é aberto e no início da um medinho, mas passa bem rápido... Os “rangers” vão ao longo do caminho procurando pegadas e outros indícios de que os animais passaram e vão seguindo as pistas até encontrar. Nesse dia perseguimos um leopardo e depois de muito tempo encontramos.




No pôr do sol e início da noite, em um campo aberto, o guia para pra fazermos um piquenique. Fica tudo bem escuro e dá um certo medo de virar jantar de algum animal. Rodamos mais um pouco mais no safari e voltamos para o hotel.



Como já estava escuro, o “ranger” nos leva até o quarto e marca uma hora para nos levar para o jantar. O jantar, ao contrário do almoço, fica em um lugar cercado. A comida é bem gostosa e a bebida é a vontade.

Depois do jantar o guia nos levou até o quarto com ajuda de uma lanterna e haviam vários elefantes no caminho. Tivemos que esperar saírem para passarmos, mas não muito tempo. No dia seguinte, acordamos cedo, comemos um lanche e partimos para outro safari onde perseguimos outro leopardo.




Durante a manhã paramos para fazer um lanche.



O café da manhã mesmo é servido na volta. Os bichos fazem companhia...



O resto do dia foi igual ao dia anterior, almoço, safari, lanche noturno num descampado no meio da selva, janta, “elefantes” e dormir...

No terceiro dia fizemos apenas o safari da manhã, pois era dia de check out e nosso voo saia as 14h. 

Na contabilização dos bichos, vimos no Kruger girafa, elefante, leopardo, hiena, cão selvagem, búfalo, hipopótamo, leão, crocodilo, springbok, zebra, jackal, wildebeest, caracal, duiker, waterbck, kudu, impala, meerkat, reedbuck, nyala, avestruz, hartebeest, sable, steenbok, vervet, warthog e rinocerontes.










Depois do safari, tomamos café e nosso transfer nos levou até o aeroporto para pegarmos o voo pra Joahnesburg da SSA e depois para Port Elizabeth da Flysafair. Chegamos a noite em Port Elizabeth, pegamos o carro que tínhamos alugado na Budget e fomos para o hotel.



Nesta noite jantamos no restaurante Ginger, perto do hotel, no Boardwalk, meio chic e caro e a comida não foi nada demais...

7º Dia – Port Elizabeth

Em Port Elizabeth não tem muita atração turística no inverno, então tivemos bastante tempo na cidade, já que iríamos embora só no dia seguinte, então daria pra reduzir o tempo da viagem por lá. Visitamos o SAMREC, um centro de resgate de pinguins, pequeno, mas que faz um trabalho bem legal.

Fomos também ao Oceanário, que também é bem fraquinho em comparação aos outros que nós já visitamos, mas que tem também cobras.



Almoçamos no Beershack, um barzinho bem legal que encontramos e com muitas opções de cervejas e comida gostosa, comemos massa. Depois fomos passear no shopping Greenacres e compramos adaptador de tomada no mercado (mais barato). Voltamos para o Boardwalk e fomos ao cinema que estava passando Despicable Me 3. Mais uma vez tivemos que comprar os óculos 3D porque esquecemos os que havíamos comprado em Johanesburg no hotel. Um ponto interessante é que a manteiga para colocar na pipoca é em pó e tem de vários sabores. No Boardwalk tem uma feirinha de artesanato onde compramos uma estátua dos big 5 e uns quadrinhos de gatos.





Novamente fomos jantar no Beershack e dessa vez estava rolando uma boatezinha. Conseguimos entrar sem enfrentar a fila, já que éramos turistas, e sentar numa mesa. Dessa vez comemos pizza.

8º Dia – Port Elizabeth – Addo

Nesse dia, fizemos câmbio (a melhor cotação da viagem) pela manhã, pegamos o carro e fomos para o hotel no Addo.

Havíamos agendado um transfer e o safari no Schotia Safaris, que começa as 15h e termina as 21h, com jantar incluído. Esse safari é dentro de uma reserva particular, onde os animais são mais ou menos controlados, isto é, não ficam em jaulas como em zoológicos, mas, por exemplo, os leões ficam em áreas separadas e têm controle populacional para não acabar com os outros animais. O safari é bem legal, porque dá pra ver os animais bem de perto.





O jantar também é muito bom.



Depois pegamos o transfer de volta para o hotel. Depois vimos que esse transfer de ida e volta ao hotel também poderia ser dispensado e poderíamos ir de carro, passando por dentro da reserva do Addo na ida e dando a volta no parque na volta, porque o parque estaria fechado para carros particulares nessa hora.

9º Dia – Addo

Esse dia amanheceu chovendo e fomos em um carro fechado para o safari no Addo Elephant Reserve, onde o próprio motorista do transfer serve de guia. No Addo não pode transitar pelas estradas de terra como no Kruger, então, dá quase no mesmo fazer em carro particular e economizar uma grana, lembrando das regras do parque, como só descer do carro em certas áreas demarcadas, não jogar nada pra fora do carro, etc... Na entrada do parque tem uma lojinha com várias coisas legais, pra quem fica nos acampamentos dentro do parque ou pra quem quer comprar lembrancinhas.





Como o safari termina as 14h, voltamos e aproveitamos o hotel, que é muito bom. Ahhh, o hotel também tem uma reserva particular, com animais não predadores, claro, e se quiser pode passear de carro pela área.

Na parte 2 vou falar sobre a Garden Route e Cape Town...