Passagens
A viagem pra África do Sul foi
decidida uns 2 meses antes da data programada. Isso pra mim é muito em cima da
hora, porque gosto de planejar tudo muito certinho. Não conhecia nada sobre o
país e nunca tínhamos ido pra África, então comecei por tentar planejar quantos
dias ficaríamos lá baseado no preço dos dias das passagens e pesquisando na
internet. Chegamos a 18 dias inteiros lá, mais os dois dias de chegada e saída.
As passagens a serem compradas seriam chegando a Johannesburg e voltando por
Cape Town.
Para o período escolhido, final
de junho e início de julho, teríamos a opção (mais barato) de duas Cias aéreas,
a TAAG e a SSA, ambas por R$1800/pessoa, já com taxas. No final escolhemos a
TAAG pelos horários e porque lemos que a Cia estava sendo operada pela Emirates
e quisemos testar. Realmente o voo é muito bom, o espaço entre as cadeiras é
bem confortável, a comida é gostosa e o serviço de bordo é bom, tirando os
problemas de manutenção com o sistema de bordo, que em algumas poltronas não
está funcionando. O único problema realmente que vale a pena ponderar é a
conexão em Luanda, onde ficamos 2h na fila porque é preciso passar novamente
pelo raio x e chegam vários voos ao mesmo tempo pra reembarque. Isso além da
área de embarque do aeroporto ser muito pequena e não ter wi-fi liberado. A
equipe em terra da TAAG também não é muito educada e prestativa. No check in da
volta, em Cape Town, quiseram de todas as maneiras que a nossas malas de porão
e malas de mão pesassem mais do que o permitido, mas estávamos conforme, porque
brasileiro pode 2 x 32 Kg cada e não deu nada. Além disso, no despacho das
malas, mudaram os lugares que havíamos escolhido no check in pela internet, do voo
de Luanda pro Brasil e nos colocaram em lugares separados, e quando percebi, já
no embarque, ninguém nem se esforçou pra tentar corrigir e nós mesmos que
resolvemos já dentro do voo.
Tempo em cada lugar e HotéisPassagens compradas, agora tínhamos que decidir quais cidades visitar e quanto tempo ficar em cada uma. Pesquisamos em guias, internet e blogs, e considerando que estaria frio (inverno), resolvemos pelo safari no Kruger, no Addo e fazer a Garden Route, mas sem “pegar uma praia”.
Então ficou assim:
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Johanesburg – 3 noites – The Capital Empire – R$420/dia
Avaliação do
hotel: "Ótima escolha" - O quarto é excelente, espaçoso, cama muito
confortável, banheiro pequeno, mas limpo. Hotel bem próximo ao shopping
Sandtown City e a Praça Mandela Square. Café da manhã muito bom, bem variado. O
único problema foi o barulho da obra ao lado que começava às 7h. Sugiro pedir
um quarto no lado oposto.
·
Kruger National Park – 2 noites – Motswari
Private Game Reserve – R$1365/dia
Avaliação do
hotel: "Ótima estada" - Os quartos são limpos, a cama super
confortável. Os guias são bastante gentis e prestativos. A comida é muito boa.
O hotel é a área onde os elefantes vão beber água, então tem que tomar cuidado
ao transitar pela área, pois o hotel não é cercado. Conseguimos ver os big 5
nos game drives. A diária inclui dois safaris por dia, um de manhã e outro à
tarde/noite, além de todas as refeições e lanches.
·
Port
Elizabeth – 2 noites – Beachwalk Bed and Breakfast – R$300/dia
Avaliação do
hotel: "Simples e confortável" - Hotel simples e
confortável. Muito perto do Boardwalk. Café da manhã bom.
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Addo
– 2 noites – Hitgeheim Country Lodge & Eco Reserve – R$555/dia
Avaliação do
hotel: "Bom, mas não voltaria" - Gostamos
bastante do hotel, bastante confortável e os funcionários são bem atenciosos. O
café da manhã é bom, o quarto enorme, os funcionários super atenciosos, o hotel
é 5 estrelas mesmo. O único porém foi no final da estada, quando fui pagar os
serviços de safari, comida, etc, não aceitarem dinheiro. Como assim? Não
aceitam dinheiro, somente cartão? O funcionário ligou para o proprietário e
mesmo assim ele não deixou pagar em dinheiro, pois não estava lá. Significa que
não confia nos funcionários? A estada no hotel foi ótima, porém saí mal
humorada e não voltaria pela postura do proprietário.
·
Plettenberg
Bay – 1 noite – Nothando Backpackers Lodge – R$109/dia
Avaliação do
hotel: “Bom custo benefício” - O quarto é
confortável e limpo, o café da manhã por R50 também é bom. Fica próximo aos
restaurantes. O barulho pela manhã incomoda bastante. É possível escutar tudo
dos outros quartos e como fica ao lado do estacionamento, o barulho que vem de
lá também.
·
Knysna – 1 noite – Protea Hotel by Marriott
Knysna Quays – R$320/dia
Avaliação do
hotel: "Muito bom" - O quarto é bem
confortável, banheiro grande. O café da manhã é bom. O hotel fica ao lado do
shopping The Waterfront Knysna Quays, onde ficam vários restaurantes.
·
Hermanus
– 2 noites – Whale Coast Hotel – R$265/dia
Avaliação do
hotel: "Grande e confortável" - O apartamento é
enorme é bem decorado. Mesmo eu tendo reservado um quarto, o apartamento tinha
três quartos, sendo uma suíte mais um banheiro e outro lavabo. A cozinha é bem
equipada. A sala também é bem grande. A varanda tem churrasqueira, inclusive
fizemos um churrasco com carnes locais. A cama é bem confortável e estava tudo
muito limpo. O café da manhã é pago a parte e preferimos comer num café perto.
O hotel fica dentro de um shopping pequeno, que tem um mercado Checkers.
·
Stellenbosch – 1 noite - Eendracht Hotel – R$290/dia
Avaliação do
hotel: "Ótima recepção" - O hotel é bastante
aconchegante. O check in foi o melhor de todos, foram muito atenciosos e a
recepção foi excelente. O hotel fica perto de vários restaurantes e da pra ir a
pé. O café da manhã foi muito bom.
·
Cape Town – 5 noites - Hippo Boutique Hotel –
R$340/dia
Avaliação do
hotel: "Bom custo benefício" - O hotel fica em
uma região muito boa, perto de vários restaurantes e perto da Long St. O
apartamento é confortável, a cama é muito boa. A internet é um pouco lenta. O
banheiro é integrado ao quarto (mezanino), apenas o vaso sanitário tem porta de
separação, mas o chuveiro e banheira não, e esse ponto não gostamos. Tivemos um
vazamento grande do chuveiro no andar debaixo toda vez que tomávamos banho, mas
nada que tenha atrapalhado, pois o vazamento ficava na porta de entrada. O café
da manhã você pode escolher entre 3 restaurantes perto e você recebe vouchers
de 100R por pessoa. Comemos em dois deles e a comida é muito boa.
Transporte interno – Voos e
Aluguel de carro
Depois de resolvermos quanto
tempo ficar em cada lugar e reservar os hotéis, chegou a fase de compra das
passagens internas, transportes e aluguel de carro.
A ideia era ir de avião de Johanesburg para o
Kruger (Hoedspruit) e depois ir para Port Elizabeth também de avião. Nas
diversas combinações de passagens e companhias, ficou mais barato comprar ida e
volta JNB/HDS pela South African Airways (R$1290/pessoa – essa poderia ser mais
barata, mas demorei muito pra comprar e o preço aumentou bastante) e combinar
outra passagem logo em seguida para Port Elizabeth JNB/PLZ pela Flysafair
(R$270/pessoa), companhia low cost.
Os voos da South African foram
muito bons, com poltronas confortáveis e serviço de bordo, apesar do voo durar
apenas 1 hora. O voo de volta atrasou bastante pra sair de Hoedspruit, e como
tínhamos outro voo pra pegar, despachando malas, ficou o tempo bem em cima, mas
deu tudo certo, pois o intervalo que deixamos entre a chegada da SSA e a
partida da Flysafair foi de 2h.
O voo da Flysafair é low cost,
mas não tenho o que reclamar. Apenas de ter que pagar pelo lanchinho, rsrsrs...
O avião é pequeno e apertadinho, mas o voo saiu na hora e, pelo preço da
passagem, foi ótimo o custo benefício.
Quanto aos transportes
terrestres, precisaríamos de carro em Johannesburg e em Cape Town. Alugamos os
carros no site rentalcars.com e ficou bem barato pela Budget. Ficou USD58 para
3 dias em Johannesburg e USD280 para 14 dias pegando em Port Elizabeth e
devolvendo em Cape Town, ambas usando o seguro do cartão de crédito. Fiquei bem
na dúvida se alugava carro no Kruger também, pois li que o celular não pega
dentro da reserva, onde o hotel fica, fiquei com medo de que poderíamos nos
perder e acabei decidindo contratar o transfer do hotel mesmo. O transfer
ficou um pouco caro e depois percebi que poderíamos ter alugado o carro
tranquilamente, só pra fazer o trajeto ida e volta do aeroporto para o hotel, porque
é bem fácil com as instruções que o hotel manda.
Apesar de andarem na mão inglesa,
andar de carro na África do Sul é uma maravilha pra quem anda no Brasil, principalmente
no Rio de Janeiro. As ruas e estradas não têm buracos, e quando tem algum, já
tem uma obrinha pra consertar. É tudo muito bem sinalizado. As vias expressas
em Johannesburg tem 3 ou 4 faixas. Os pedágios são automáticos por um tag
eletrônico preso no vidro do carro. As estradas são ótimas, mesmo as de 1 faixa
em cada sentido. As pessoas são muito educadas no trânsito, ninguém fecha o
cruzamento, para em cima da faixa ou usa a pista da direita pra cortar todo
mundo e entrar a esquerda, por exemplo. O combustível é bem barato também, para
os nossos padrões, o litro sai a 1 USD mais ou menos. A única sugestão que dou
é pegar um carro automático, porque dirigir com o volante do lado oposto
passando marcha não deve ser uma tarefa fácil para se acostumar. Ah, e não
precisa de permissão internacional pra dirigir por lá...
A moeda usada na África do Sul é
o Rand (R). Como é difícil encontrar Rand aqui no Brasil, e, quando você
encontra a cotação é muito alta, levamos Euro (EUR) e Dolar Americano (USD).
Com relação à conversão das duas moedas, é bem fácil encontrar casas de câmbio
e não faz muita diferença em qual levar. Quando estávamos lá, 1 USD = 13 Rand e
1 EUR = 14 Rand, aproximadamente.
Como não tínhamos ideia de quanto
iríamos gastar na viagem, resolvemos ir trocando dinheiro aos poucos. Levamos
tudo em espécie pra não ter que usar cartão e pagar IOF, já que os hotéis,
passagens e carros já estavam pagos desde o Brasil.
Logo quando chegamos já trocamos
uma pequena quantia no aeroporto de Johannesburg. Por incrível que pareça,
depois descobrimos que era a melhor cotação da cidade. Nas outras cidades foi
bem fácil conseguir câmbio, somente no Kruger e no Addo que sugiro ir
preparado. Além disso, as cotações fora de Johannesburg sempre foram muito
melhores que a de lá.
Tomadas
O padrão da África do Sul é bem confuso, tem uma tomada enorme de 3 pinos redondos, mas também tem a pequena de 2 pinos redondos igual ao padrão europeu. Aquele adaptador universal que vendem aqui só serve se você tiver alguma coisa com o nosso padrão estranho de 3 pinos redondos e no lugar onde você estiver tiver o padrão europeu.
O padrão da África do Sul é bem confuso, tem uma tomada enorme de 3 pinos redondos, mas também tem a pequena de 2 pinos redondos igual ao padrão europeu. Aquele adaptador universal que vendem aqui só serve se você tiver alguma coisa com o nosso padrão estranho de 3 pinos redondos e no lugar onde você estiver tiver o padrão europeu.
Todos os hotéis que nós ficamos
tinham sempre os dois tipos de tomadas, mas em número pequeno. Tivemos que
comprar adaptadores no mercado, foi bem barato (R20 benjamim com 3 saídas) e
pudemos ligar todos os gadgets que tínhamos.
Documentos e vacinas
Além dos passaportes, claro, para entrar e sair do país é preciso ter o Certificado Internacional de Vacinação com a vacina da febre amarela, tanto em Angola como na África do Sul. Na volta da viagem, em Angola, vimos uma confusão de uma brasileira voltando para o Brasil e foi barrada no embarque porque estava sem o Certificado. No final ela conseguiu embarcar, mas já saiba que pode ser complicado.
Quanto a outras vacinas,
pesquisei bastante na internet e procurei um infectologista para fazer uma
Consulta do Viajante, uns dois meses antes. Só descobri que existia isso quando
estava pesquisando. Ele pediu diversos exames de sorologia pra saber se eu já
tinha tido ou não algumas doenças. Tive que tomar algumas vacinas, mas foi mais
por precaução minha mesmo. A minha preocupação maior era a Malária, que, por lá, tem
apenas na região do Kruger. Após consulta com o Centro de Informação em
Saúde para Viajantes (CIVES) da UFRJ, o médico recomendou que tomássemos um
remédio preventivo da doença, que inclusive não vende nas farmácias e ele
conseguiu pra gente. O remédio tem que ser tomado antes, durante e depois da
viagem e pode gerar vários efeitos colaterais, mas não tivemos nada.
Sobre outros documentos, sugiro contratar
os seguros de saúde e carro, sejam eles fornecidos pelo cartão de crédito da compra da
passagem aérea e do aluguel do carro ou comprados separadamente. Como já disse,
para alugar um carro não é preciso ter a Permissão Internacional para Dirigir,
apenas a Carteira Nacional de Habilitação mesmo, o passaporte e o cartão de
crédito.
Para ver a descrição da viagem acesse:
Africa do Sul - Parte 1
Africa do Sul - Parte 2
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Africa do Sul - Parte 1
Africa do Sul - Parte 2
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